SOCIOLOGIA  

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Lista de alguns sociólogos e suas teorias

 
    Alain Touraine (Hermanville-sur-Mer, 3 de agosto de 1925) é um sociólogo francês. Tornou-se conhecido por ter sido o pai da expressão "sociedade pós-industrial". O seu trabalho é baseado na "sociologia de acção"; ele acredita que a sociedade molda o seu futuro através de mecanismos estruturais e das suas próprias lutas sociais.
     Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917) É reconhecido amplamente como um dos melhores teóricos do conceito da coerção social. Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização desse, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica).
     Georg Simmel (Berlim, 1 de Março de 1858 — Estrasburgo, 28 de Setembro de 1918) foi um sociólogo alemão. Simmel foi um dos sociólogos que desenvolveu o que ficou conhecido como micro-sociologia, uma análise dos fenômenos no nível micro da sociedade. Simmel desenvolveu uma tradição conhecida como Formalismo, que estabelece como prioridade o estudo das formas. O pensador alemão fazia uma distinção entre formas e conteúdos, indicando que, a partir do estudo das formas, seria possível entender o funcionamento da vida social.
     Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual alemão considerado um dos fundadores da Sociologia. A relação da produção da vida prática e material para com as idéias não é, porém, determinística e reducionista como à primeira impressão pode parecer; existe uma relação dialética entre essas duas entidades. Marx tinha um pensamento prático e político que muitos entenderam como sendo um método a determinar a realidade, chamando-o de materialismo histórico e dialético, que mais tarde veio a ser denominado de marxismo. Além disso, os estruturalistas, que passaram a ler os escritos de Marx segundo uma visão estruturalista segundo a qual com os homens seriam apenas apêndices das estruturas econômicas, e não criadores diretos destas. Como colocado por Lukács já na década de 1920, a metodologia marxista vê na ciência social uma totalidade, onde se a Economia organiza a tessitura básica da vida social - a "determinação em última instância", dizia Engels - a Política e a Cultura, por sua vez, contribuem para estabelecer as formas históricas de gestão econômica, e, portanto, agem decisivamente sobre a organização material da Sociedade.
    Emil Maximillian Weber (Erfurt, 21 de Abril de 1864 — Munique, 14 de Junho de 1920) foi um intelectual alemão e um dos fundadores da Sociologia. A ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos. É uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói uma ponte.
     Herbert Spencer (27 de Abril de 1820 — 8 de Dezembro de 1903) foi um filósofo inglês e um dos representantes do positivismo. Para Spencer, a filosofia deve ser muito precisa quanto a evolução e esclarecer, com base nela, os mais variados problemas. Acreditava também que a evolução é um princípio universal que opera sempre. Spencer foi o principal teórico do Darwinismo social, através do qual procurou justificar o Imperialismo europeu com base em uma suposta superioridade racial.
     Pierre Bourdieu (Denguin, 1 de agosto de 1930 — Paris, 23 de janeiro de 2002) foi um importante sociólogo francês. O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais: campo, habitus e capital.
     Pierre-Jouseph Proudhon (15 de Janeiro de 1809, Besançon, França - 19 de Janeiro de 1865, Paris, França) Acabou sendo um dos que iniciaram a propor uma ciência da sociedade. Segundo Proudhon, o homem deveria abandonar sua atual condição econômica e moral, pois leva à desarmonia humana, nessa sujeição de homens feita pelos homens. A nova sociedade devia ser apoiada no mutualismo, pois seria uma cooperação livrada por associações, eliminando o poder coercitivo do Estado. Entende-se, também, o absolutismo do indivíduo, pois é responsável pela arbitrariedade e a injustiça. Para ele deveria ter tido uma continuação da revolução, já que tinha conseguido destruir o feudalismo. Nessa sociedade moderna deve existir uma resistência por parte dos indivíduos ao capitalismo (que começa a dar seus primeiros passos), pois seria o responsável pela criação da propriedade privada. Ele ainda defende a anarquia positiva, no qual descarta a Igreja e o Estado, assim acabará indo contra as idéias de Marx sobre o comunismo. Proudhon viu o comunismo como sendo algo utilizado para controlar os homens e eliminar a igualdade, pois são feitos concretos, fundados na liberdade, onde cada uma das partes tome seu interesse e o poder coercitivo do estado seja inútil.
     Celso Monteiro Furtado (Pombal, 26 de julho de 1920 — Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2004) foi um importante economista brasileiro e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo do século XX. Suas idéias sobre o desenvolvimento e o subdesenvolvimento divergiram das doutrinas econômicas dominantes em sua época e estimularam a adoção de políticas intervencionistas sobre o funcionamento da economia.
     Fernando Henrique Cardoso (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931) Como sociólogo, FHC escreveu obras importantes para a teoria do desenvolvimento econômico e das relações internacionais. Sua teoria sugere que os países subdesenvolvidos devam se associar entre si, buscando um caminho capitalista alternativo para o desenvolvimento, livrando-se da dependência das grandes potências. FHC era contrário à tese de que os países do terceiro mundo se desenvolveriam só se tivessem uma revolução socialista.
     Raymundo Faoro (Vacaria, RS, 27 de abril de 1925 — Rio de Janeiro, 15 de maio de 2003) Nesta sua concepção de Estado patrimonialista, Faoro coloca a propriedade individual como sendo concedida pelo Estado, caracterizando uma "sobrepropriedade" da coroa sobre seus súditos e também este Estado sendo regido por um soberano e seus funcionários. O autor assim nega a existência de um regime propriamente feudal nas origens do Estado brasileiro. O que caracteriza o regime feudal é a existência da vassalagem intermediando soberano e súditos e não de funcionários do estado, como pretende Faoro.

Autoria: Allyne Patricia Maques Souza Muniz
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