ALGUNS CONCEITOS
1 - "A história é uma pesquisa que nos ensina o que o homem fez, portanto, o que é o homem." (Collinwood).
2 - "O objetivo da História é por natureza o homem." (Marc Bloch)
3 - "A história está para a humanidade assim como a memória está para o indivíduo, é a memória coletiva." (Piancantol)
4 - "A história é um profeta com o olhar voltado para trás. Pelo que foi e contra o que foi e anuncia o que será."(Eduardo Galeano)
5 - "Não há história pura, não há história imparcial. Toda história serva à vida, testemunho e compromisso." (José Honório Rodrigues)
6 - "A história é um processo dinâmico, dialético, no qual cada realidade traz dentro de si o princípio da sua própria contradição e que gera a transformação constante na História é a luta de classe."(Karl Marx)
7 - "A realidade do social, a realidade fundamental do homem revê-la inteiramente nova aos nosso olhos e, queiramos ou não, nosso velho ofício de historiados não cessa de brotar e de reflorir em nossa mãos (...) Sim quantas mudanças!(...) Todas as Ciências Sociais, inclusive a História, evoluíram, igualmente de maneira espetacular, mas não menos decisiva." (Fernando Braudel)
8 - A História é a substância da sociedade. (Agnes Heller)
2 - "O objetivo da História é por natureza o homem." (Marc Bloch)
3 - "A história está para a humanidade assim como a memória está para o indivíduo, é a memória coletiva." (Piancantol)
4 - "A história é um profeta com o olhar voltado para trás. Pelo que foi e contra o que foi e anuncia o que será."(Eduardo Galeano)
5 - "Não há história pura, não há história imparcial. Toda história serva à vida, testemunho e compromisso." (José Honório Rodrigues)
6 - "A história é um processo dinâmico, dialético, no qual cada realidade traz dentro de si o princípio da sua própria contradição e que gera a transformação constante na História é a luta de classe."(Karl Marx)
7 - "A realidade do social, a realidade fundamental do homem revê-la inteiramente nova aos nosso olhos e, queiramos ou não, nosso velho ofício de historiados não cessa de brotar e de reflorir em nossa mãos (...) Sim quantas mudanças!(...) Todas as Ciências Sociais, inclusive a História, evoluíram, igualmente de maneira espetacular, mas não menos decisiva." (Fernando Braudel)
8 - A História é a substância da sociedade. (Agnes Heller)
FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS DA HISTÓRIA*
1 o positivismo na História
Conforme as idéias de Vasconcelos (2009), a corrente filosófica conhecida como positivismo[2] surgiu no século XIX e apresenta como uma de suas principais características a valorização exacerbada das conquistas das ciências. Para este autor, a ciência era entendida como uma forma de conhecimento que partindo de observações e experimentações no campo prático, podia chegar à formulação de leis gerais e de caráter objetivo.
No bojo do surgimento das ciências positivistas (século XIX), são formuladas leis gerais para a História que pretendia se afirmar enquanto ciência. No entanto, a busca pelo estabelecimento de leis gerais a partir da observação e experimentação (pesquisa empírica), para essa pretensa ciência, se torna impossível, pois, não há modo de se observar e fazer experimentos com o passado.
Desse modo, a maneira de se produzir uma historiografia positivista deveria ser através da utilização da característica do positivismo atribuída ao conhecimento científico que pode ser considerado como válido: a objetividade. Assim, o historiador deveria primar pela separação entre fato e ficção, ou seja, incorporar ao relatohistórico o real e descartar o imaginado.
Nessas condições, os historiadores positivistas desenvolveram um método chamado crítica das fontes, pois, precisavam garantir a veracidade dos fatos apurados separando fatos objetivos de meras opiniões pessoais, preconceitos ou mesmo inverdades. As informações dos documentos analisados deveriam ser comparadas a outras informações disponíveis para se verificar sua veracidade. Além disso, a historiografia positivista deveria selecionar os fatos que contam ou não para a História. A solução encontrada para tal dilema foi a adoção de documentos oficiais, emitidos por autoridades competentes, como fontes históricas de primeira ordem, onde cartas, noticias de jornal, textos literários, imagens, vestígios arqueológicos etc., só interessariam à História na medida em que legitimassem as descobertas realizadas a partir de um estudo crítico dos documentos oficiais.
2 a escola dos Annales
O termo Escola dos Annales é utilizado para se referir ao movimento de renovação teórico-metodológica que se deu em torno da revista Annales d'Histoire Economique et Sociale. Esse movimento de renovação visava romper com a história positivista e se caracterizava por manter um intenso diálogo com as ciências sociais. Assim, a História ganha um caráter interdisciplinar e os historiadores passam a diluir o papel dos sujeitos individuais como agentes de transformações históricas, para dessa forma, as forças impessoais como a economia, os fatores geográficos ou demografia, ganharem mais relevância.
A ruptura com o positivismo leva a escola dos Annales a romper com o pressuposto de que a história deve ocupar-se de fatos reais do passado, representando-os através de uma narrativa. No entanto, essa ruptura não é tão radical como alguns apregoam, pois, Braudel e outros annalistes, citados por Vasconcelos (2009), apenas modificavam a narrativa de forma que os personagens individuais cedessem lugar as instituições ou estruturas, onde as mesmas assumiam a condição de quase-personagens num quase-enredo.
3 o materialismo dialético e História
Segundo as palavras de Vasconcelos (2009), a importância do materialismo dialético[3] para História se faz em dois sentidos, nos fornecendo uma nova chave para discernir o que conta ou não como conhecimento histórico e, um novo modo de interpretar o desenrolar do processo histórico.
Destarte, para Marx e Engels, citados pelo autor mencionado no parágrafo anterior, o que verdadeiramente importa é a base econômica, que se caracteriza pelas relações de produção e pelas forças produtivas. Instituições sociais como Igreja, política, família, escola etc., que formam a chamada superestrutura, são determinadas pela base econômica. Desse modo, quando a base econômica se modifica, todo o resto se modifica também.
4 a fenomenologia da História em Heidegger
Na concepção de Vasconcelos (2009), a tradição filosófica conhecida como fenomenologia[4] foi inaugurada pelo pensador alemão Edmund Husserl na primeira metade do século XX. No princípio, o pensamento de Husserl dirigia-se contra o psicologismo, uma corrente que negava a possibilidade do conhecimento objetivo, argumentando que os atos mentais, nos quais o conhecimento se dá, são sempre subjetivos. Portanto, para esse pensador alemão, o ato de conhecimento é prioritariamente individual e subjetivo.
Desse modo, a fenomenologia se torna importante para a História devido a sua problematização do tempo, com especial destaque, do tempo histórico. Para Heidegger, citado pelo autor mencionado no parágrafo acima, o homem é um ser que tem sua existência ligada a de outros, ou seja, é possuidor de historicidade. Esse mesmo filósofo ainda entende que a historicidade se dá quando o ser humano apropria-se da herança das gerações passadas e decididamente se lança ao futuro na repetição do passado que, enquanto presente, colocava-se como um momento de possibilidades de ser. Porém, Vasconcelos (2009) nos leva a acreditar que o resgate do passado, a partir da historicidade, não é de acontecimentos que ocorreram simplesmente no passado, mas fatos que, pelo vigor de autenticamente terem sido presentes com significância, não somente para serem lembrados, mais também repetidos no presente que se lança para o futuro.
Por conseguinte, no entendimento de Heidegger (apud VASCONCELOS, 2009), a História só pode ser verdadeiramente histórica enquanto se busca no presente uma repetição do passado.
5 pós-modernismo e história
Os escritos de Vasconcelos (2009) indicam que no século XX, a História, talvez no intuito de marcar ainda mais fortemente seu distanciamento frente à literatura, buscou modelos teóricos nas ciências sociais, dando mais ênfase aos aspectos quantitativos. No entanto, ao final da década de 1970, já era possível perceber nos estudos históricos, o retorno da narrativa. Nesse caso, segundo Stone, citado pelo autor acima, muito historiadores estariam voltando-se a uma revalorização dos acontecimentos, em grande parte devido a uma decepção para com os parcos resultados obtidos com os métodos quantitativos, em contraste com o imenso trabalho de coleta e análise de dados.
Nesse sentido, o autor citado anteriormente afirma que a volta à forma narrativa de representação da História contribuiu para que muitos autores notassem que não é possível separar o estilo verbal ou a eloqüência retórica do conteúdo semântico na apresentação de suas pesquisas. Nessas condições, uma grande gama de historiadores propunha, além da incorporação crítica da teoria literária na pesquisa historiográfica, uma maior abertura a novas formas de escrita na História.* Este trabalho foi elaborado por: VALTEY MARTINS DE SOUZA, ODAILDE DE SOUZA OLIVEIRA, ANTONIO FÉLIX DA SILVA e NILENE FERREIRA CARDOSO SOUZA como objetivo principal verificar os modelos teóricos de História nos livros didáticos para o ensino médio.Foi feito uma revisão bibliográfica do assunto, tendo por base principal Vasconcelos (2009) e Diniz Filho (2009). Os livros didáticos a serem analisados são: "História: volume único", de autoria de Gislane Campos Azevedo.
BIBLIOGAFIA CONSULTADA
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. – São Paulo: Ática, 2005.
CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. 7 ed. 2 imp. São Paulo: ABDR, 2002. (Série Princípios).
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia. – 3 ed. rev. e ampliada. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.
VASCONCELOS, José Antonio. Fundamentos Epistemológicos da História. – Curitiba: Ibpex, 2009. (Coleção metodologia do ensino de História e Geografia; v. 5).
** Para ver a publicação completa, entre em: http://artigos.netsaber.com.br/index.php